A NOITE CAI, O FRIO DESCE

MAS aqui dentro não é o amor que aquece não…é o radiador mesmo.

Já vou deixar avisado que sempre que eu conseguir usar músicas de Sandy & Jr nos meus textos, estarei usando, taokei? 😉

Aqui o inverno chegou e já tá quase indo embora, e eu continuo não cumprindo minha palavra de ser assídua em meus textos, tsc tsc…
Mas embora eu tenha deixado passar alguns eventos legais da cidade, uma coisa que não passou ainda foi o frio e eu, diferente da maioria do povo brasileiro, AMO o frio. É bem verdade que a cidade quase não tem evento durante o inverno, se comparado ao verão porque todo mundo prefere ficar dentro de casa tomando um vinho e assistindo Netflix a ficar andando sem rumo pelas ruas. Mas eu sou parte da porcentagem maluca que gosta de andar pelas ruas, mesmo (ou principalmente) no frio.

Não, andar no frio não é desagradável, se você está bem agasalhado. O problema de muitos de nós com o frio é que a gente não se agasalha o suficiente – ou não tem as roupas adequadas – para passar bem pelas temperaturas baixas. Quero dizer: não adianta se agasalhar pouco e reclamar do frio, ou também, não adianta colocar oito blusas e um casaco se nenhuma delas é adequado ao frio. “Ah Giovanna, mas roupa adequada ao frio é caro e não vale a pena comprar só pra uma ou duas semanas de inverno intenso!”. Bom, aí não podemos reclamar de estar frio, não é mesmo? 
Roupas de inverno adequadas são caras sim, mas são um investimento: se você compra duas boas segundas-peles térmicas, metade dos seus problemas acabam e, por elas serem justamente ”roupas de baixo”, não há problemas em usá-las diversas vezes.

Mas bem, deixando de lado a questão de roupa adequada ou não (até porque para mim não é uma questão de escolha, mas de necessidade), eu sempre gostei do inverno pelos mesmos motivos que todo mundo gosta: a gente se veste melhor, não se sente desconfortável com calor, a pressão não cai e não fica suando o tempo inteiro. Mas aqui eu pude descobrir alguns outros motivos que me fizeram gostar mais ainda do inverno.

O primeiro, você pode até me achar meio doida por isso, mas é pela questão do dia: aqui anoitece mais cedo. No solstício de inverno a noite cai às 16:30h, mas no resto do inverno anoitece entre 17h e 18h. Eu gosto bastante da noite porque ela é calma, serena, mesmo no centro da cidade conseguimos ver estrelas, satélites e a lua. O inverno permite que você veja o céu estrelado mais cedo e que isso não atrapalhe seu horário de dormir.

Segundo, é claro, são as comidas. Como o frio é megaintenso aqui, o nosso corpo precisa de reserva de gordura pra se manter durante esse período. Aqui, a gente come sem culpa! A gente põe o pé na jaca mesmo!! E é maravilhoso de delicioso! Fondue, pizza, tarte flambée, choucroute, spaetzle, jarret, vinho vinho e mais vinho!! Embora a gente também faça isso de comer mais durante o inverno no Brasil, aqui é mais intenso. Eu lembro de um ano que meus amigos foram em casa pra comer nosso tradicional fondue anual, e precisamos ligar o ar condicionado da sala pra poder justificar comer um fondue super quente em um dia nada frio (acho que fazia uns 30°C). Aqui todos os dias são frios, e você precisa se manter, comer com sustância. E falou em comer, falou gicaballet! 😛

Terceiro e último, pra não prolongar a lista, foi algo que descobri em janeiro, e me apaixonei de cara. Não sei dizer se as pessoas gostam disso aqui, mas eu adoro: cheiro de madeira queimada.
Eu não sei ao certo de onde esse cheiro vem, porque todas as casas são equipadas com radiadores elétricos ou a gás. Mas o cheiro de madeira queimada se faz notar quase que todas as noites. É um cheiro que a mim me traz calma e serenidade, cheiro de inverno. Acredito que esse cheiro seja ou de eucalipto ou de pinheiro, e quando você sai na rua, você fica defumadinha com esse cheiro de inverno. <3

Você que não gosta de inverno e acha que eu puxei sardinha pro meu lado: o lado ruim do inverno é o mesmo lado ruim do outono! Dá uma olhada no texto aqui e se delicie com os problemas da coriza (que continua querendo cair na minha cebola recém picada).

À bientôt e, Perdoe o meu Francês! 😉

perdoeomeufrances

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