CONTINUANDO AS RECLAMAÇÕES

LEMBRA DAQUELE post em que eu falava da primavera? Que era tudo lindo, e flores, e folhas verdes, e tempo ameno e felicidade? Pois bem, temos um problema…

A primavera continua sendo tudo isso de lindeza e poesia e vontade de viver sim e, antes que você se preocupe, nada mudou. As folhas continuam crescendo verdes e lindas, as flores continuam desabrochando (embora em menores quantidades) e exalando seu cheiro, o ar continua leve e eu continuo cantando Sandy e Júnior. Nada mudou.

Entretanto eu,  jovem inocente e inexperiente das primaveras europeias, não me atentei ao detalhe máximo de uma primavera. Detalhe esse que nós, brasileiros, santistas, não atentamos porque simplesmente não é a nossa realidade. Mas este detalhe, tão óbvio das primaveras, veio e me tirou a paz.

“Giovanna tu é muito dramática. Diz logo o que é!”

Pólen.
Sabe?
Pois bem, vou falar mais uma vez:
P-Ó-L-E-N

Sabe quando a gente tá na quarta série e aprende que as abelhas e beija-flores vão na florzinha , recuperam o pólen dessa florzinha e levam até uma outra florzinha e a polinizam, fazendo que a flor gere mais florzinhas e por aí vai? Então, a gente aprendeu também que esse pólen também é levado pelo vento e chegam até outras florzinhas mais longes…

E é esse o problema.
O pólen é levado pelo vento.

Vou explicar: Strasbourg é junto com Berlin a cidade que tem mais árvores por habitante na Europa. E todas essas árvores florescem, e seus pólens viajam com o vento por longas distâncias até chegarem…na minha casa! E entrarem pela minha janela e grudarem no vidro, no aquecedor, no chão, na tela do meu celular e nos meus sapatos:

Tu tá vendo isso? Não é pó não…é PÓLEN!

No começo da primavera, eu chegava em casa e sentia o chão empoeirado…limpava todos os dias até que dado um momento, eu vi que esse pó não era sujeira da rua, o pó era verde-amarelado. O pó era pólen. Aí percebi que, no dia que eu saía e deixava a janela vedada, ao voltar a casa não estava suja. Mas qualquer frestinha que eu deixava aberta…era uma festa no meu chão!

Isso porque o pólen é muito fininho…acho que podemos compará-lo com a areia da praia…e se você mora perto da praia, você sabe como é…janela aberta é sinônimo e tempestades de areia no apartamento, e é muito difícil tirar!

O meu sufoco todo é que: se eu vedo o apartamento para ele não sujar, eu morro sem ar e assada. Isso porque eu moro num kitnet (sala-living, studio, se você preferir…) no telhado do prédio. E aqui com o menor indício de sol e temperaturas acima dos 25 graus é sinônimo de calor insuportável, é impossível vedar. Então, eu tenho que limpar o meu apartamento duas vezes por dia para conseguir viver em paz. Eu tenho que viver com o pólen.

Agora a moda está sendo um tipo de “pluma” no ar..Eu juro que não sei o nome, mas parece que um dente-de-leão foi soprado e as suas partezinhas se juntaram e ficam voando pelo ar, e entram em TUDO! Na sua casa, no seu copo, no seu nariz…eu ainda não entendi de onde elas vêem e qual a sua importância na natureza, porque até agora ela só tem dificultado minha vida pra limpar o chão.

Era claro, era lógico que a primavera não seria perfeita…estava tudo bem demais para ser verdade! 🙁

Salvo o meu drama à parte (que é bom para vocês se habituarem a mim 😉 ), tenho visto pessoas que tem alergia ao pólen e coitadinhas…são três meses espirrando!

Mas a natureza deve continuar seu caminho para seguir viva, e enquanto à mim, deixo que todo o dia seja primavera, para que cada dia seja um novo desabrochar 🙂 <3

À bientôt e, Perdoe  meu Francês!

perdoeomeufrances

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